Há mais de 18 anos, nascera uma criança considerável linda,crescera no seio de uma família, chamada normal na nossa actual sociedade.
Nunca acreditou no pai natal, mas sim na bondade de algumas pessoas que tornam este pedaço do planeta num paraíso. Sempre olhara os "desprotegidos" com olhos de sofrimento, contudo, tentava fazer algo para os ajudar. Embora, a idade dita a experiência, mas fazia o que achava melhor.
Teve privilégio de estudar numa escola que a fez crescer em todos os sentidos, não era a mais inteligente da turma, mas sempre fora muito cumpridora nos seus afazeres. Chamava atenção com o seu jeito de estar perante os colegas e perante a sociedade. Muitas das vezes vítima de bullying.
Se cada um tivesse a liberdade de fazer a sua história como bem entendesse, não existiria histórias de vida tristes... A desigualdade desde sempre existira, desde da criação do mundo... O que lhe faz pensar qual é o papel de "Deus" na nossa sociedade?! Não, que não acredite na sua existência...Aliás, estranho não seria, mas quando vê ao meu redor a beleza da natureza, a imaginação dos Homens, o belo do mar e do rio, as árvores e pessoas lindas... Convence-se que nada apareceu do nada, tudo teve a sua origem seja ela em palavras, pensamentos e acções e alguém teve essa ideia de os fazer existir, e desde criança foi convencida que foi "ELE" quem fez tudo em 6 dias e no 7º dia teve direito ao seu descanso.
Faz perguntas, muitas das vezes com respostas óbvias que não lhe convencem, porque no seu entender, ao seu ver deveriam ser de outras maneiras. Lembra-se que quando a professora Rosa mandava-lhes (os alunos) escrever das coisas que gostavam e do que não gostavam, as suas frases eram sempre:
" Quando for grande gostaria de ver todas as pessoas felizes"
" Gostaria de ter um boa formação e ser uma Drª"
" Gostaria de ver o mundo sem guerra"- Embora sem fazer a mínima ideia na altura o que era guerra
" Gostaria de ser professora quando for grande"...
" Não gostava de ver o meu pai a brigar com a minha mãe" - (Era órfã de pai o que implica em toda a sua vida não teria que assistir a tal desgraça), mas para ela, ele estava vivíssimo.
"Não gostava de ver os amigos a brigarem"... Entre muitas outras frases que a memória não lhe traz.
Recorda-se que gostava mais de escrever quando o desejo começava por uma palavra positiva, a ideia surgia naturalmente, as ideias positivas traiam mais ideias positivas, iluminavam-na...
Hoje, sente-se no abismo dos "PORQUÊS" , parece que vive num mundo completamente diferente dos demais. Talvez tenha a obrigação/direito de saber muito mais do que sabe, faz suas as palavras do filósofo Sócrates "só sei que nada sei". Se um dia vier a saber talvez seja tarde para partilhar...
Porquê... porquê tanta desigualdade no mundo!?
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